A biomassa é material orgânico de origem vegetal ou animal utilizado como fonte de energia. No Brasil, a cana-de-açúcar é a principal fonte agrícola de biomassa. Os resíduos da produção especialmente o bagaço e a palha são aproveitados em usinas para gerar energia elétrica e térmica.
Atualmente, cerca de 12 GW de capacidade instalada no Brasil vem do uso desses resíduos, representando cerca de 60% da bioeletricidade gerada por biomassa no país. (fenasucro.com.br)
A utilização eficiente desses subprodutos representa uma forma renovável e sustentável de geração de energia.
O etanol extraído da cana-de-açúcar é um exemplo de como a natureza pode ajudar a movimentar o mundo de forma mais sustentável. Por ser um combustível renovável, ele vem sendo usado cada vez mais como alternativa à gasolina, ajudando a reduzir as emissões de gases que causam o aquecimento global.
Uma das grandes vantagens do etanol é que, ao ser produzido e consumido, emite muito menos gás carbônico do que os combustíveis fósseis. Estimativas mostram que ele pode reduzir em até 90% as emissões de CO₂, o que é essencial para o combate às mudanças climáticas.
No Brasil, o uso do etanol se popularizou com os carros flex — que podem rodar tanto com etanol quanto com gasolina. Isso torna o consumo mais acessível e ajuda o país a diminuir sua dependência de combustíveis importados. Além disso, programas como o RenovaBio incentivam produtores a adotarem práticas mais sustentáveis, premiando quem reduz o impacto ambiental.
A cogeração é a produção simultânea de energia elétrica e térmica a partir da queima do bagaço e palha da cana. Essas usinas utilizam a biomassa agrícola como principal combustível, garantindo autossuficiência energética. O setor possui centenas de usinas conectadas ao Sistema Interligado Nacional, com capacidade excedente para comercialização (Editorabrbiomassa) (fenasucro.com.br)
Além disso, há plantas de biogás em funcionamento que convertem outros resíduos industriais em energia renovável.
A cana-de-açúcar captura CO₂ durante seu crescimento, e os subprodutos são fonte de energia renovável de baixo carbono. Estudos indicam que a bioeletricidade da cana evitou milhões de toneladas de CO₂ em emissões, comparável ao plantio de milhões de árvores ao longo de várias décadas (unica.com.br) (Cana Online)
Esse ciclo de carbono equilibrado posiciona a cana como um componente relevante na transição para uma economia mais sustentável.
A cana-de-açúcar é muito mais do que uma matéria-prima agrícola. Ela representa um passo importante rumo a um futuro mais limpo, com menos dependência de combustíveis fósseis e mais respeito ao meio ambiente. Seja por meio da produção de etanol, da geração de energia elétrica com a biomassa ou da redução de emissões de gases poluentes, essa planta tem mostrado seu enorme potencial dentro da matriz energética renovável.
Ao incentivar o uso da cana como fonte de energia, promovemos não só inovação e sustentabilidade, mas também o desenvolvimento econômico de diversas regiões do Brasil. Investir em soluções como essa é um caminho inteligente para equilibrar as necessidades energéticas do presente com o cuidado e a preservação do planeta para as próximas gerações.
Para aprofundar o conhecimento sobre sobre o uso da biomassa e o papel da cana na matriz energética renovável, recomenda-se a leitura dos seguintes artigos de domínio público:
1. “Viabilidade da bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar” – Evidenciam que a adição da palha pode elevar o faturamento da bioenergia em até 5% e mostrar o potencial para comercialização da energia excedente. (Revistas Científicas UniCesumar)
2.”Bioeletricidade da biomassa da cana‑de‑açúcar na área de abrangência do Polo Centro-Sul/APTA, Piracicaba” – Trata do histórico da cogeração, participação em leilões de energia alternativa e potencial de expansão sustentável do setor. (Embrapa)
3. “Geração de bioeletricidade, através do bagaço e da palha da cana-de-açúcar” – Destaca como essa estratégia representa uma alternativa eficiente e de baixo custo para compor a matriz energética brasileira, reduzindo dependência externa e contribuindo para a sustentabilidade ambiental. (Repositório UFSCar)
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